Ver aqui um vídeo e ler aqui uma notícia sobre a política do filho único posta em prática aqui na China desde 1979. Resultados: (estimativa de) menos meio bilião de nascimentos a menos; envelhecimento da população; desequilíbrio demográfico entre os sexos (há muitos mais homens do que mulheres). Muitas bebés, aquando do seu nascimento, e agora sobretudo em zonas rurais, continuam a ser mortas ou abandonadas. Há também a questão da redução da mão de obra jovem com pouca formação que serve de base para as fábricas da China continental produzirem mercadorias de baixo custo (como roupas, brinquedos e mobiliário).
Um outro ponto bastante negativo é a existência das "crianças negras": o segundo filho é "marginalizado", isto é, não tem direito a BI, cuidados de saúde, educação (situação destacada no vídeo)...
Há exce(p)ções a esta lei, por exemplo, nas aldeias é permitido ter um segundo filho se o primeiro for do sexo feminino. E há muitas transgressões relativamente ao que se deve fazer. De qualquer forma, é uma situação cujas consequências não estão a ser as mais positivas... Mais aqui.
Mais uma vitória! E já lá vão 10 seguidas!! :) Spooooorting!
Esperámos até às 09:30 para ver se vinha mais alguém... Da minha turma fomos 4 (era a única ocidental), de uma outra também foram 4 ou 5. Eram mais as professoras do que os alunos... As pessoas, também... :( Lá porque é domingo não se esforçam um pouco... Enfim!
Não me arrependi: foi um dia diferente, passado na mesma com as professoras e alguns colegas, mas fora da sala de aula. Vimos mais uma parte do Lago Oriental. Perto das 12h parámos, sentámo-nos numa zona relvada, onde outras pessoas estavam a fazer piqueniques, e começámos com um jogo engraçado que consistia em passar uma flor (feita a partir de um guardanapo) de mão em mão enquanto alguém (sempre a mesma pessoa) batia palmas de olhos fechados. O momento engraçado acontecia quando quando a flor parava nas mãos, claro. :) "Castigo": cantar (na nossa língua ou em Mandarim), representar ou inventar uma frase com vocabulário aprendido, eh eh. Quando a flor me ficou nas mãos... Eh, eh... Fiquei tão corada! Cantei... "Atirei o pau ao gato"!! Ah, ah, ah! :) Quando disse "Miaaaaaaaau", todos se riram! :) Aqui.
Depois do parque fomos ao Museu da Província de 湖北 (Húběi), bem perto do Lago. A entrada foi gratuita. O espaço e os pavilhões são interessantes, limpos, modernos no interior (infraestrutura) e espaçosos! :) Neste momento tem uma exposição não permanente de pinturas do Renascimento italiano. De resto, o museu, inaugurado em 1953, tem obje(c)tos valiosíssimos do Período dos Reinos Combatentes (战国时代, Zhànguó Shídài, entre meados do século V a.C. até a unificação da China em 221 a.C.), incluindo um túmulo enorme com várias divisões e sinos muitos grandes, por exemplo. Ver imagens aqui e aqui.
A seguir, uma viagem de 30 minutos num autocarro apinhado, como sempre, com um trânsito horrível, para não variar... Para desanuviar, logo depois, ginásio!
Nota: os TPCs para segunda foram feitos ontem. Ah pujé...! :)
Amanhã há passeio com os colegas da turma e uma professora até ao Lago Oriental, onde já fui (ver aqui). Vai ser giro e valerá a pena ir de novo.
Agora algo diferente: ler aqui uma notícia sobre a crescente saída (de Portugal) de pessoas jovens e com um nível de formação superior. Os principais destinos desta nova vaga de emigração são Angola, Brasil, China e Reino Unido.
Hoje à tarde fui a uma aula de spinning (bicicleta) no ginásio. Já há muito que não transpirava assim... Bolas! Aquilo é que foi mexer...! :) Foi difícil acompanhar o ritmo! Mesmo assim, foi bem divertido!
Já agora... Ler aqui a experiência vivida pela A. no mesmo sítio e relativa também à forma como muitos Chineses trajam e se comportam...
Por aqui, e penso que, segundo dois artigos que encontrei na Internet, nem todos concordam com a opinião quase geral que os Europeus têm sobre a ajuda financeira de países emergentes. Os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) não querem ajudar a pagar uma crise, uma série de dívidas que não foram eles a criar. A China, sobretudo, pensa que deverá ser a Europa a tentar, primeiro, resolver os seus problemas internos, readquirindo depois a confiança perdida dos investidores. Há quem diga até que, caso estes países ajudem a Europa da forma que muitos políticos europeus sugerem, como a presidente do FMI, a crise alastrar-se-á ainda mais.
Mais aqui e aqui (ambos os artigos estão em Inglês). Um dos textos tem um cartoon interessante e bem irónico: um Europeu, robusto, a comer uma refeição farta, pede ainda mais comida a um Chinês, pequeno, e que tem apenas uma taça com arroz.
Ver aqui e aqui imagens da Semana da Moda de Pequim. Contraste, cor, poder espe(c)táculo visual, beleza, exagero...!
Partindo deste post da A., vou referir o pequeno debate em redor dos mais velhos que aconteceu na aula de Gramática de segunda-feira. Estávamos a falar sobre a expressão 养老 (yánglǎo), que significa "providenciar algo para os mais velhos; aproveitar a vida depois da reforma" (care for the elderly; enjoy one’s old age) quando a professora disse que a idade da reforma aqui é de 55 anos para as mulheres, 60 para os homens. Há exce(p)ções, como nas Universidades ou hospitais, por exemplo. O obje(c)tivo, devido ao facto da população ser tão numerosa, é dar oportunidade aos mais novos de ter um trabalho. Quando perguntou a alguns alunos qual a situação nos respe(c)tivos países, falei de Portugal (65 anos no sector privado e para ambos os sexos). Algumas pessoas ficaram admiradas, e ainda mais ficaram quando disse que se prevê o aumento da idade, uma vez que a situação económica do país é bastante complicada e é necessário "pagar" as reformas. O espanto veio de asiáticos e também de pessoas da Europa de Leste. Visões diferentes? Estaremos certos no Sul da Europa, por exemplo? Culturas e formas de estar distintas?
Já agora, e voltando ao texto da A., na tal conversa que tive com o colega chinês sobre a notícia da menina chinesa atropelada na rua e ignorada pelos transeuntes, também disse que em Portugal, e em muitos outros países, decerto, há também casos assim, que chocam, repugnam e nos deixam revoltados: abandono de idosos nos hospitais; maus tratos a crianças e pessoas com deficiências; violência doméstica e em relação aos professores (com vídeos na Internet, até); negligência quanto aos animais (sobretudo no verão)... Enfim... Não estou nem a defender nem a acusar ninguém nem nenhum país, todos têm falhas. Algumas destas resultam das especificidades da cultura, da história, dos novos valores presentes na sociedade... Enfim. E, estando agora neste país que está no centro de quase tudo o que envolve a economia, atraindo ódios e amores, penso que é quase um hábito, ou moda, dizer mal da China. Por estar aqui não digo que me acomodei nem que tudo tem justificação ou desculpa, nada disso, tenho é de me ada(p)tar e viver segundo as regras daqui tentando manter-me, como é natural, fiel ao que penso e ao que aprendi.
... Imagens aqui e aqui da neve que por cá já vai caindo (黑龙江, Hēilóngjiāng, NE, e 内蒙古, Nèi Měnggǔ, Mongólia Interior, no Norte do país).
Ler mais aqui (em Inglês) sobre a notícia de um atropelamento mortal de um menino de 5 anos em 泸州(Lúzhōu), na província de 四川 (Sì Chuān). Parece que o motorista, depois de chocar com o menino, terá voltado atrás para se certificar de que estava morto, pois assim ficaria mais barato do que pagar as despesas no hospital...!! Será verdade??... (De facto, pagar uma indemnização por morte resultante de um acidente é mais económico do que uma estadia prolongada num hospital. Aqui não há cuidados de saúde gratuitos.)